Um registro policial datado de 26 de março de 1845 revela que a escrava Maria de Moçambique denunciou seu proprietário por estupro em Barra Mansa. Ela acusa o fazendeiro Manoel José, conhecido como Mandú, seu proprietário, de estupro. Esta seria a primeira queixa feita por uma mulher, de que se tem notícia no município de Barra Mansa. Não se sabe, porém, que fim levou a denúncia, se houve ou não investigação e prisão do senhor.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Desenvolvimento social e desigualdade de Gênero
Algumas pesquisas apontam que o rosto feminino é o rosto da pobreza, pois de 1.3 bilhões de pessoas na pobreza, 70% são mulheres.
Hoje, as mulheres chefiam sua família por fatores diversos, como abandono do esposo/parceiro, viuvez, desemprego do companheiro, enfim, quando o homem não pode sê-lo. Esse processo vem sendo chamado de "feminização da pobreza".
Mas não é só na esfera doméstica que a precariedade da inserção da mulher vem se destacando, mas também no mercado de trabalho que ainda é desigual na questão gênero.
Nós mulheres precisamos continuar a lutar pela igualdade de gênero, pois já se confirmou que as sociedades que buscam maior igualdade de gênero apresentam maior índice de desenvolvimento humano.
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a equidade de gênero é indispensável no sentido de promover o desenvolvimento e obter a reduçaõ da pobreza.
Mulheres com maiores níveis de educação e participação no mercado de trabalho, em geral, estão mais capacitadas a contribuir para a saúde e produtividade de suas famílias e localidades, criando melhores perspectivas direcionadas às novas gerações.
A importância de igualdade de gênero é evidenciada por sua inclusão como um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Bibliografia:Especialização em Gênero e Sexualidade - Disciplina 1 - Diversidade, diferença e desigualdade

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

União Brasileira de Mulheres-RJ saúda a Delegada Martha Rocha

“Este é realmente um ano especial que vem a cada dia se consolidando com a ocupação da mulher nos diversos espaços de poder através dos critérios de competência, de dignidade e de compromisso com a sociedade”. Veja a mensagem completa da UBM do Rio de Janeiro.

Feminilização e humanização da Polícia Civil

Este é realmente um ano especial que vem a cada dia se consolidando com a ocupação da mulher nos diversos espaços de poder através dos critérios de competência, de dignidade e de compromisso com a sociedade.

A eleição da nossa presidenta é um marco em nossa história e representa a tomada de consciência da mulher e da sociedade, na ocupação do espaço público, saindo da invisibilidade do privado a que esteve relegada e excluída durante todo processo histórico.

Nós mulheres da UBM e demais nos sentimos prestigiadas e honradas com a designação de Martha Rocha como a primeira mulher a chefiar a Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro, nomeação que perpassa aos critérios de seleção utilizada na Administração Pública por ter uma luta concreta pela afirmação dos direitos da mulher, pelo debate no campo das idéias e sua compreensão da luta de classe para atingir sua emancipação.

Projetou durante todos estes anos de dedicação como delegada de polícia, uma luta incansável pela dignidade humana e respeito aos direitos civis do cidadão, acrescentando ao seu currículo à luta contra a opressão da mulher ao presidir o Cedim e mais recentemente ao ser diretora da DPAM (Delegacia de Polícia de Atendimento à Mulher), órgão responsável pelas DEAMs (Delegacia de Atendimento à Mulher), que com sua visão feminista da opressão da mulher na sociedade contribuiu, junto a suas delegadas, para o fortalecimento das unidades de atendimento à mulher, humanizando e aumentando o número de delegacias, desencadeando uma verdadeira luta contra a violência à mulher.

Parabéns Delegada Martha Rocha, nós mulheres nos sentimos contempladas e orgulhosas com seu desempenho.

Helena Piragibe
União Brasileira de Mulheres - UBM
Coordenação do Estado do Rio de Janeiro

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"Não se nasce mulher, torna-se mulher".

O olhar lançado às diferenças existentes entre uma mulher branca, negra, indígena, pobre ou rica, que tenha escolaridade ou não, é culturalmente e socialmente estabelecido, e Beauvoir quando afirma que nos tornamos mulheres ao longo do processo social e cultural, considera que tais diferenças não devem ser atribuídas à natureza, à biologia, mas sim, ao processo de socialização que ensina um comportamento segundo determinado padrão, que na nossa discussão de mulheres, é um comportamento que inferioriza, discrimina e retrai.

Estes mesmos olhares "culturalmente e socialmente" estabelecidos irradiam e perpetuam diferenças e desigualdades entre os gêneros, levando a concluir que a relativa "desvantagem" do gênero em uma sociedade machista pode ser neutralizada pela classificação de etnia e ou pelo pertencimento a uma classe social considerada superior.

Para nós, mulheres, deixo a seguinte reflexão:"É a cultura que constrói o gênero simbolizando as atividades do ser humano como masculinas ou femininas, ou estas atividades ou condutas são de uma dimensão natural( dos instintos), inscritos nos corpos com que cada indivíduo nasce?"

Um grande abraço e espero ter trazido uma contribuição a todas...

Clarice Avila