Um registro policial datado de 26 de março de 1845 revela que a escrava Maria de Moçambique denunciou seu proprietário por estupro em Barra Mansa. Ela acusa o fazendeiro Manoel José, conhecido como Mandú, seu proprietário, de estupro. Esta seria a primeira queixa feita por uma mulher, de que se tem notícia no município de Barra Mansa. Não se sabe, porém, que fim levou a denúncia, se houve ou não investigação e prisão do senhor.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Diferentes, mas não desiguais!

No Brasil, nem sempre as diferenças são vistas como expressão de riqueza, apesar de o Brasil mostrar em sua face a imagem do país da diversidade.
O termo etnocentrismo consiste em julgar, a partir de padrões culturais próprios, como "certo" ou "errado", "feio" ou "bonito", "normal" ou "anormal", os comportamentos e as formas de ver o mundo dos outros povos. O etnocentrismo se relaciona com o conceito de estereótipo, que consiste na generalização e atribuição de valor (quase sempre negativo) a algumas características de um grupo.
Nós mulheres conhecemos um termo estereotipado que insiste em nos perseguir que é: "só podia ser mulher"...
Às vezes estamos dirigindo e ouvimos esta expressão, alguns colegas de trabalho, aqueles machistas, também falam, e tantas outras vezes cansamos de ouvi-la.
Os estereótipos são também, de certa forma, uma maneira de "biologizar" as características de um grupo. Este processo de tornar natural àquilo que hoje caracterizamos diferenças, marcou
o século XIX e XX, vinculando-se à restrição da cidadania a negros, mulheres e homossexuais.
Um claro exemplo de biologização é bem conhecida também, por todas nós: até o início do século XX, uma das justificativas para a não extensão às mulheres do direito ao voto, baseava-se na ideia de que elas possuíam um cérebro menos desenvolvidos do que o dos homens. É simplesmente querer justificar a desiguladade.
Sabemos que muita coisa mudou para nós, muitas conquistas... mas nós temos muito o que conquistar ainda! E não podemos nos conformar com este mundo, vamos transformá-lo!!!
Bibliografia: Apostila 1 do curso Especialização em Gênero e Sexualidade-SPM-PR/CLAM/IMS/UERJ