Todos os pais que são conscientes de seu papel sabem que suas atitudes refletem diretamente na vida de seus filhos e filhas. E o papel de uma mãe, talvez, sem pretensão de modéstia, pode modificar a vida, o futuro e até mesmo, a felicidade de uma filha.
A ligação afetuosa que une a mãe aos filhos não se desfaz com o tempo, nem com a idade destes, tampouco com a saída da casa paterna na formação subsequente de uma nova família. Ao contrário, a mãe é a base de um compromisso que se estende desde o nascimento até a morte.
E quando nós filhos, principalmente nós, filhas desprezamos os mandamentos e nos esquecemos das palavras que vêm de Deus direto para a boca de nossa mãe, aí acontecem fatalmente as feridas em nossas emoções. E quantas vezes experimentamos dores e gosto amargo por não amarmos a sabedoria de nossos pais?
Quantas vezes, no papel de filhas errantes, já pensamos em dizer com o gosto do arrependimento cravado em nossa alma:”mãe, pai, já não sou digna de ser chamada tua filha...” (Lc 15,19)
Mas a mãe, o pai, vêm de longe compadecidos, correndo e nos abraçam e dizem assim: “Porque esta minha filha estava morta e reviveu, estava perdida e foi achada...” (Lc 15,24).
E nesta hora, o primeiro passo para o caminho do arrependimento já foi dado. Então vem a consciência do erro e junto também vem o retorno ao lar e nos é dado uma nova roupa para marcar uma nova posição na sociedade, já que recomeçar é preciso... também nos é colocado no dedo, um anel (Lc 15,22), e este anel significa que há uma permissão para que a autoridade dos pais recaia sobre nossas vidas novamente. Em nossos pés uma nova sandália simboliza que não mais estamos descalços de nossos sonhos e que a liberdade nos foi devolvida para que de novo, retomemos nossa independência e outra vez poderemos fazer escolhas e tomar decisões, porém sabendo que delas advém as consequências, às vezes dolorosas, como saudade,tristeza, dor... outras vezes, tão prazerosas, quando bem escolhidas...
Portanto nós, filhos e filhas, devemos procurar fazer o melhor que pudermos para apresentar a nós mesmos e aos nossos pais as nossas conquistas, pois nascemos para conquistar, nós temos a unção de conquistadores.
Em seguida vamos fazer como José fez no Egito:chamaremos nossos pais para descerem até onde estivermos para que vejam a nossa glória.(Gn.4,13)